Segundo advogados de Michael Jackson, ""morto"" em junho de 2009, em vida o astro chegou a gastar mais de US$200 milhões (aproximadamente R$620 milhões) para se livrar de cerca de 20 acusações deste tipo. Somente no caso Jordan Chandler, fã que fez a primeira acusação contra o cantor, ele precisou desembolsar US$40 milhões (aproximadamente R$124 milhões), em 1993. A inocência do músico só foi provada após sua morte, quando o jovem disse ter mentido por ordem dos pais.
No entanto, as novas provas apresentadas no tribunal podem trazer o assunto à tona novamente. Safechuck disse ter conhecido Michael Jackson em 1987 e sido molestado um ano depois disso. Ele contou que o astro chegou a organizar uma cerimônia de casamento com o menino como noiva e deu a ele uma certidão de casamento, aliança e uma confirmação de "amor infinito". Em outra ocasião, Jackson teria feito um cheque de US$ 1 milhão (aproximadamente R$3,1 milhões) para o pai da criança.
Safechuck contou ainda para os tribunais que o cantor o vestia com roupas idênticas as dele e dizia aos repórteres que o menino era seu primo. Os advogados alegam que ele teria sido molestado mais de 100 vezes.
Já Wade Robson contou que conheceu Michal Jackson aos cinco anos, quando era um dançarino prodígio em Brisbane, na Austrália. Ele acusa o astro de ter abusado dele durante as visitas ao rancho Neverland. O depoimento de uma ex-empregada doméstica do cantor é esperado neste caso já que ela teria dito que encontrou o menino de nove anos tomando banho com o cantor e depois os dois deitados seminus na cama.
Esta acusação de Robson neste momento é um choque, porque o australiano foi o maior defensor do cantor por anos e testemunhou favorável a ele em processo de 2005 na Califórnia, sendo um dos grandes responsáveis pelo astro ter sido declarado inocente em outro processo de abuso infantil. "Vivi em silêncio e negação por 22 anos", disse recentemente.